NOSSO SHOW EM 1 MINUTO
COPA CIDADE DE MANAUS 2024

BofA vê dólar se fortalecendo globalmente, mas mantém aposta tática no real

Por Portal Nosso Show/Redação em 08/03/2021 às 16:47:47

"-//W3C//DTD HTML 4.0 Transitional//EN" "http://www.w3.org/TR/REC-html40/loose.dtd">


O banco americano considera que a desvalorização do real foi longe demais e que a moeda pode se beneficiar do início do ciclo de altas A aprovação do pacote fiscal de US$ 1,9 trilhão nos Estados Unidos mantém nos trilhos a expectativa de um forte crescimento da economia americana este ano e continuará a emparedar o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) com perguntas sobre o momento em que pretende iniciar a normalização de sua política monetária. Esse ambiente implica um viés de fortalecimento para o dólar este ano contra as divisas emergentes, em especial diante dos temores de um 'taper tantrum', avalia o Bank of America. Apesar disso, o banco americano mantém uma postura otimista em relação à moeda brasileira no curto prazo, por considerar que a desvalorização do real foi longe demais e que a moeda pode se beneficiar do início do ciclo de altas do real.

O BofA observa que a reprecificação de um crescimento e inflação mais fortes nos Estados Unidos começou em meados do ano passado, mas, até semanas atrás, havia sido bem absorvida pela ponta longa dos juros.

"O 'game changer' foi uma reação da ponta curta e da barriga da curva. O mercado começou a testar o BC americano", nota o banco americano. "Esta reprecificação dos juros reais, associada a um Fed mais 'hawk' [inclinado à retirada dos estímulos], foi suficiente para desestabilizar os mercados de ações e fortalecer o dólar."

A equipe de economistas para os EUA do BofA prevê que, diante da expectativa de um crescimento de 6,5% do PIB este ano, o Fed deve começar a preparar o terreno para uma retirada dos estímulos já no início de 2022, ainda que a primeira alta de juros vá se concretizar apenas no segundo semestre de 2023. A tarefa do Fed, portanto, será a de comunicar essa mudança sem arriscar uma reação desordenada por parte dos mercados globais - como aconteceu em 2013, no episódio que ficou conhecido como “taper tantrum”.

"Um erro 'hawk' pode disparar uma correção bastante custosa dos preços dos ativos, enquanto um erro 'dove' [favorável à manutenção dos estímulos] pode levar o mercado a continuar testando os limites da nova meta de inflação através de expectativas de inflação cada vez mais altas", alertam.

Mesmo diante desse cenário, o BofA mantém uma postura otimista na moeda brasileira através de uma recomendação de venda do euro contra o real. Em sua avaliação, a redução das incertezas políticas e o início do ciclo de altas da Selic deve ajudar a reancorar a moeda brasileira. Além disso, ele nota que o ativo foi bastante castigado este ano pelas incertezas domésticas, o que abre espaço para uma recuperação maior. O BofA projeta que o dólar encerrará o primeiro trimestre em R$ 5,36 e o ano em R$ 5,10.

Fonte: Valor Econômico

Tags:   Valor
Comunicar erro
GOVERNO DO AMAZONAS

Comentários

ANUNCIE AQUI