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Alexandre anula decisão de Bretas que pôs Temer no banco dos rĂ©us da Lava Jato

Moraes declarou a incompetĂȘncia da 7ÂȘ Vara Federal Criminal do Rio e determinou a imediata transferĂȘncia do processo para a 12ÂȘ Vara Federal do Distrito Federal

Por Junior Silva em 21/04/2021 às 13:41:25

Oministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta terça-feira, 20, tirar da Justiça do Rio a ação penal aberta contra o ex-presidente Michel Temer (MDB) e o ex-ministro de Minas e Energia Moreira Franco (MDB) na esteira das investigações por supostas propinas nas obras da usina de Angra 3, da Eletronuclear.

Moraes declarou a incompetĂȘncia da 7ÂȘ Vara Federal Criminal do Rio e determinou a imediata transferĂȘncia do processo para a 12ÂȘ Vara Federal do Distrito Federal. Com a decisão, anulou todas as decisões tomadas na ação penal, inclusive o recebimento da denĂșncia por corrupção e lavagem de dinheiro pelo juiz Marcelo Bretas, relator da Lava Jato fluminense.

"A imparcialidade do JudiciĂĄrio e a segurança do povo contra o arbĂ­trio estatal encontram no Devido Processo Legal e no princĂ­pio do Juiz Natural uma de suas garantias indispensĂĄveis", escreveu o ministro.

Temer e Moreira Franco chegaram a ser presos no curso das investigações, na Operação Descontaminação, desdobramento da Lava Jato fluminense, a partir de uma ordem de Bretas, posteriormente derrubada pelo Superior Tribunal de Justiça.

A decisão atende um pedido da defesa do ex-ministro, que entrou com a reclamação no STF alegando que os fatos que ensejaram a ação penal tĂȘm relação com outra investigação em curso na Justiça Federal em BrasĂ­lia, a do 'Quadrilhão do MDB', que apura se polĂ­ticos do partido se uniram para atuar em desvios na administração pĂșblica. Ao Supremo, o advogado FĂĄbio Tofic Simantob, que representa Moreira Franco, argumentou que as menções a supostas fraudes em contratos firmados na Eletronuclear foram colocadas 'propositalmente' na denĂșncia, embora os fatos investigados não tivessem relação 'estreita' com a eletronuclear.

"A própria denĂșncia oferecida pelo Ministério PĂșblico afirmou, expressamente, que os crimes antecedentes para a caracterização dos crimes de lavagem de dinheiro estariam relacionados com crimes denunciados nos âmbitos da "Operação Descontaminação" (corrupção passiva e peculato) e do "Quadrilhão do PMDB" (organização criminosa), indicando que os fatos apurados nestes autos (processo-crime n. 0500622-86.2019.4.02.5101) guardariam correlação com fatos que estão sendo investigados pela Justiça Federal do Distrito Federal (no caso, o "Quadrilhão do PMDB")", diz um trecho da decisão.

Agora, caberĂĄ agora ao juĂ­zo do Distrito Federal decidir se referenda ou não a instrução do processo.

COM A PALAVRA, O CRIMINALISTA FÁBIO TOFIC SIMANTOB, QUE DEFENDE MOREIRA FRANCO

"A decisão do ministro Alexandre de Moraes corrige uma grave ilegalidade que vinha sendo cometida contra o ex-ministro Moreira Franco na Justiça Federal no Rio ao manter lĂĄ acusações que, por determinação do próprio STF, deveriam estar sendo conduzidas em BrasĂ­lia."

Fonte: FAMA AO MINUTO

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