Para comemorar um ano desde a retirada das tropas americanas do território do Afeganistão, o Talibã e seus apoiadores agitaram a bandeira branca e preta do grupo nas ruas afegãs, nesta segunda-feira (15). Mas essa celebração vem acompanhada de sofrimento às meninas e mulheres, que não têm acesso à educação e trabalho.
Nos 12 meses desde a retirada caótica das tropas dos Estados Unidos, alguns afegãos saúdam a melhoria da segurança, mas lutam contra a pobreza, a seca, a desnutrição e a esperança cada vez menor entre as mulheres de que terão um papel decisivo no futuro do país.
O Talibã, inclusive, está solicitando que 9 bilhões de dólares em reservas do banco central mantidos no exterior sejam devolvidos, mas as negociações com os Estados Unidos enfrentam obstáculos, incluindo as exigências dos EUA de que um líder do Taliban sujeito a sanções renuncie de sua posição como segundo em comando no banco.
Até que haja uma grande mudança nas posições de ambos os lados, não há solução imediata à vista para a espiral de preços, aumento do desemprego e fome que devem piorar com a chegada do inverno.
"Estamos todos caminhando para a escuridão e o infortúnio", disse Amena Arezo, médica da província de Ghazni, no sudeste do país. "As pessoas não têm futuro, especialmente as mulheres."
Fonte: Portal Em tempo