A Polícia Federal (PF) informou que deflagrou a Operação Amor Fantasma, na manhã desta quarta-feira (30), em uma agência de publicidade, no bairro Morada do Sol, Zona Centro-Sul de Manaus. Henrique Oliveira, sua ex-esposa, Adriana Mendonça e três empresas, que possuem um mesmo sócio em comum.
Segundo a PF, a Operação Amor Fantasma é destinada a repressão de possível crime de Caixa 2 eleitoral. Adriana recebeu R$ 3 milhões do fundo eleitoral, do Pros, e pagou R$ 1,5 milhão às empresas investigadas, para operações de campanha eleitoral. Nas eleições de 2022, Henrique se candidatou ao Governo do Amazonas.
Sem citar os nomes dos investigados na operação, a PF informou que foram apreendidos os celulares dos envolvidos, computadores e documentos. "O cumprimento do mandado de busca e apreensão visa identificar a prática delituosa, bem como angariar outros elementos indicativos de autoria e materialidade", disse a PF em nota.
Foram cumpridos 5 mandados de busca e apreensão na capital do estado, entre os alvos a empresa de comunicação Digital Publicidade, no bairro Adrianópolis, zona centro-sul.
De acordo com a PF, o nome da operação "Amor Fantasma" é uma alusão à relação conjugal entre os principais investigados. A ação visa combater possível crime de Caixa 2 (art. 350 e art. 354-A, todos da Lei 4.737/1965 do Código Eleitoral).
Denúncia
Em setembro, candidatos a deputado federal e estadual do Pros no Amazonas denunciam e contestam no Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE) o repasse da direção nacional da sigla à candidata Adriana Mendonça.
O registro de candidatura de Adriana foi efetuado em vaga remanescente e indeferido pela corte. Cinco dos 18 candidatos do Pros que contestaram a transferência e apresentaram denúncia ao TRE.
O Comitê Amazonas de Combate à Corrupção encaminhou, nesta terça-feira (20), à Procuradora Regional Eleitoral, Catarina Mendes Sales, denúncia contra a candidata a deputada federal Adriana Mendonça, o candidato ao governo do Amazonas Henrique Oliveira e o presidente do Partido Republicano da Ordem Social (PROS), Edward Malta, por uso indevido do Fundo Especial de Financiamento Eleitoral.