A Unidos de Padre Miguel (UPM), escola de samba da Zona Oeste do Rio de Janeiro, questiona o resultado do último carnaval, onde ficou na última posição. A escola alega que foi prejudicada por problemas técnicos no sistema de som durante o desfile na Sapucaí.
A direção da UPM argumenta que a falha no caminhão de som causou prejuízos nos quesitos de avaliação, e que esses prejuízos não deveriam ter sido considerados na contagem geral dos pontos. A agremiação busca, com a revisão, evitar o rebaixamento para a Série Ouro.
A Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro) confirmou o recebimento do requerimento oficial da Unidos de Padre Miguel. O presidente da Liesa, Gabriel David, mencionou a existência de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado em 2018 com o Ministério Público, que impõe multa de R$750 mil em caso de interferência nos resultados.
Porém, Gabriel sinalizou que pretende dialogar com o MP para avaliar as possibilidades legais.
A escola teve como enredo "Egbé Iya Nassô", que homenageia Iyá Nassô e o Terreiro da Casa Branca do Engenho Velho, considerado o mais antigo templo afro-brasileiro em atividade no Brasil.
A decisão da Liesa pode ter impacto significativo na composição do Grupo Especial, que atualmente conta com 12 escolas, incluindo a Acadêmicos de Niterói, campeã da Série Ouro. Um resultado favorável à Unidos de Padre Miguel poderia evitar o rebaixamento e até mesmo forçar uma reavaliação do número de agremiações na elite para 2026.
*Reportagem produzida com auxílio de IA