COP30: Brasil Pressiona por Metas Climáticas Ambiciosas

O Brasil, como anfitrião da COP30, busca convencer grandes economias a aumentar seus compromissos de redução de emissões de gases do efeito estufa. O objetivo é manter o aquecimento global abaixo de 2 graus Celsius, conforme o Acordo de Paris.

O presidente Lula e o secretário-geral da ONU, António Guterres, reuniram líderes de 17 grandes economias para discutir metas mais ambiciosas para as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) de 2035.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, enfatizou a importância de que os países apresentem suas NDCs de forma ambiciosa, especialmente a China e a União Europeia, que ainda não o fizeram.

Durante a conferência, Guterres afirmou que a China se comprometeu a incluir todos os setores econômicos e gases de efeito estufa em suas NDCs.

"A China não apenas anunciou que produziria sua NDC, mas o presidente Xi disse que ela abrangeria todos os setores econômicos e todos os gases de efeito estufa. É a primeira vez que a China esclarece esse ponto, e isso é extremamente importante para a ação climática." disse Guterres.

O embaixador brasileiro e presidente da COP30, André Corrêa do Lago, discutiu as promessas nacionais com autoridades chinesas em Pequim, incentivando o alinhamento das NDCs com o Acordo de Paris.

Lula destacou a necessidade de implementar os compromissos climáticos, criticando guerras e cortes na ajuda ao desenvolvimento.

"Queremos fazer da COP30 um grande mutirão em prol da implementação dos compromissos climáticos. Guerras, corridas armamentistas e cortes na ajuda ao desenvolvimento e no financiamento climático nos empurram para trás. O planeta já está farto de promessas não cumpridas." disse Lula.

Negociadores brasileiros, em colaboração com a ONU, buscam que os países apresentem suas NDCs até setembro, revertendo o atraso atual. A expectativa é que a COP30 entre para a história com NDCs alinhadas com as metas de aquecimento global.

Lula planeja se encontrar com o presidente chinês, Xi Jinping, antes do prazo final de setembro, inclusive na reunião dos líderes do Brics no Brasil.

O Ministério das Relações Exteriores da China declarou que a governança climática enfrenta desafios e que o multilateralismo e a cooperação internacional são essenciais.

*Reportagem produzida com auxílio de IA