O Brasil almeja se destacar como líder na produção de cacau, impulsionado por planos ambiciosos de agricultores e parcerias estratégicas com grandes empresas do setor.
Uma das estratégias é o cultivo de cacaueiros em alta densidade, alcançando até 1.600 árvores por hectare, superando as tradicionais 300 árvores encontradas em fazendas convencionais. Essa abordagem visa otimizar a produtividade e posicionar o Brasil como um dos principais players no mercado global de cacau.
Grandes empresas como Cargill e Barry Callebaut demonstram interesse em colaborar com produtores brasileiros, o que pode injetar investimentos significativos e garantir um mercado estável para o cacau nacional, impulsionando ainda mais o crescimento do setor.
Apesar do potencial promissor, a expansão da produção brasileira de cacau enfrenta desafios. A monocultura de cacaueiros pode aumentar a vulnerabilidade a doenças, como o fungo Vassoura de Bruxa, que causou estragos em plantações no passado. Além disso, há preocupações sobre a qualidade do cacau cultivado sob sol pleno, embora testes preliminares não tenham indicado diferenças significativas no sabor.
Especialistas sugerem que o uso de variedades mais resistentes e adaptadas à região pode atenuar alguns desses riscos. Além disso, a viabilidade econômica do projeto depende da manutenção de preços elevados do cacau, o que pode ser um desafio em um mercado sujeito a flutuações.
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