O Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira, aponta para uma possível queda na inflação em 2025, seguida de um aumento em 2026. As projeções indicam um cenário econômico que pode exigir atenção redobrada das autoridades e dos agentes do mercado.
Para o ano de 2025, os analistas preveem uma taxa de inflação de 5,55%, ligeiramente abaixo dos 5,57% estimados na semana anterior. No entanto, a projeção para 2026 mostra uma alta, com a inflação esperada em 4,51%, um pequeno aumento em relação aos 4,5% da semana passada.
Esses índices, embora apresentem variações mínimas, ainda sinalizam um possível estouro do teto da meta estabelecida, que é de 4,5%. A persistência da inflação acima da meta pode gerar pressões adicionais sobre a política monetária, com potenciais impactos na taxa de juros e na atividade econômica.
A projeção para o dólar se manteve estável em R$ 5,90 para este ano, repetindo o valor da semana anterior. Para 2026, a estimativa é de que a moeda americana encerre o ano em R$ 5,95, uma leve redução em comparação com os R$ 5,96 projetados na semana passada. A estabilidade do câmbio é um fator importante para controlar a inflação e garantir a competitividade da economia brasileira.
Quanto à taxa de juros, a projeção permaneceu estável tanto para 2025 quanto para 2026. A Selic deve encerrar 2025 em 15% e 2026 em 12,5%. A manutenção da taxa de juros em patamares elevados pode ter efeitos ambíguos, ajudando a conter a inflação, mas também limitando o crescimento econômico.
O Boletim Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central, é uma ferramenta essencial para acompanhar as expectativas do mercado em relação aos principais indicadores econômicos. O relatório resume as estatísticas calculadas com base nas expectativas coletadas até a sexta-feira anterior à sua divulgação.
O relatório apresenta a evolução gráfica e o comportamento semanal das projeções para índices de preços, atividade econômica, câmbio, taxa Selic e outros indicadores relevantes. É importante ressaltar que as projeções refletem as expectativas do mercado e não as do Banco Central.
*Reportagem produzida com auxílio de IA