O café é uma das bebidas mais consumidas mundialmente, apreciado por seus efeitos estimulantes. No entanto, o cardiologista Edmo Atique Gabriel adverte sobre a importância de monitorar o consumo diário, tanto na forma tradicional quanto em suplementos pré-treino.
Para indivíduos com hipertensão, o cuidado deve ser redobrado, pois a cafeína pode potencializar riscos durante a atividade física. A distinção entre café e cafeína é crucial; a cafeína é o principal composto ativo do grão, que também oferece antioxidantes e nutrientes benéficos.
A cafeína está presente em chás, refrigerantes, energéticos e fórmulas de pré-treino. O consumo máximo recomendado para adultos saudáveis é de 400 mg diários, conforme explica Gabriel. Ele ressalta que esse limite não varia com o peso ou a idade do indivíduo.
"Muitas pessoas que já têm pressão alta usam a cafeína como pré-treino, mas é importante ter um cuidado redobrado para não ter nenhum incidente na academia e durante o seu treino." alerta o especialista Edmo Atique Gabriel.
Exceder três xícaras pequenas de café ou consumir suplementos concentrados pode aumentar os riscos. Gabriel relata ter acompanhado casos graves de infarto do miocárdio e derrame cerebral devido ao pico de pressão causado pelo excesso de cafeína.
No contexto do pré-treino, a cafeína é um estimulante eficaz para melhorar o desempenho. Contudo, o médico recomenda utilizar metade da dose máxima (cerca de 200 mg) e conhecer a própria tolerância. Ele também adverte sobre o uso de energéticos, que combinam cafeína com outros estimulantes como a taurina, potencializando os efeitos e riscos.
"É bom esclarecer que não é proibido utilizar o pré-treino. Só é importante ter o entendimento se aquela pessoa pode, individualmente, utilizar ou não, de acordo com a sua reação orgânica." complementa Gabriel.
Para aqueles que buscam os benefícios do café sem a sobrecarga de cafeína, o café descafeinado é uma alternativa válida, mantendo os antioxidantes e minimizando o estímulo. Em pré-treinos manipulados, Gabriel recomenda até 200 mg de cafeína, enfatizando que a menor dose já oferece benefícios sem expor o organismo a riscos desnecessários.
"Se for manipular cafeína como pré-treino, recomendo até 200mg. Não é necessário usar o máximo permitido. A dose menor já oferece benefícios sem expor o organismo ao risco de efeitos colaterais", orienta o cardiologista.
O cardiologista conclui que conhecer o próprio organismo e buscar orientação médica são passos cruciais para um consumo seguro de cafeína, evitando hipertensão e outros problemas de saúde.
*Reportagem produzida com auxílio de IA