O dólar registrou sua terceira sessão consecutiva de alta nesta quarta-feira, ultrapassando a marca de R$5,75. A valorização da moeda americana no Brasil acompanha o movimento global, influenciado pela decisão do Federal Reserve (Fed) sobre as taxas de juros e pela expectativa em torno do anúncio da Selic pelo Banco Central do Brasil.
A divisa acumulou uma elevação de 1,56% em apenas três dias. Apesar dessa recente alta, o dólar ainda acumula uma baixa de 7,03% no ano.
Inicialmente, a expectativa em relação ao encontro entre o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, e o vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, para discutir tarifas comerciais, exerceu pressão de baixa sobre o dólar. A reunião, agendada para ocorrer na Suíça, entre os dias 9 e 12 de maio, sinalizava um possível diálogo para atenuar as tensões comerciais entre os EUA e a China.
Além disso, o corte de juros e do compulsório na China, bem como o acordo de cessar-fogo entre os EUA e os rebeldes houthis no Iêmen, contribuíram para um cenário de maior otimismo nos mercados globais.
Os investidores também estão de olho na decisão do Fed sobre as taxas de juros, buscando sinais sobre os próximos passos da política monetária americana, em meio às incertezas geradas pelas tarifas impostas pelos EUA. Paralelamente, o Banco Central do Brasil deve anunciar sua decisão sobre a Selic, com a expectativa de que a taxa de juros seja elevada ao nível mais alto em quase 20 anos.
"Precisamos de uma redução antes de podermos avançar." disse Bessent à Fox News sobre as tensões comerciais.