A FAB (Força Aérea Brasileira) enfrenta uma nova onda de desligamentos, com oito aviadores militares buscando oportunidades na aviação comercial. Os pilotos iniciaram, entre abril e maio deste ano, um curso de copiloto para aeronaves Airbus A319/A320/A321, conforme noticiado pela Aeroin.
A motivação principal para essa transição reside na busca por melhores salários e qualidade de vida. A aviação comercial oferece uma remuneração significativamente superior, além de maior estabilidade e mais horas de voo.
A discrepância salarial é um fator determinante. Um piloto de caça experiente na FAB recebe cerca de R$ 20 mil mensais. Já um comandante na aviação comercial, especialmente em voos internacionais de longa distância, pode ganhar entre R$ 40 mil e R$ 50 mil.
Essa diferença financeira, que pode chegar a 100%, torna a aviação comercial uma opção atraente para os pilotos militares. Dos oito aviadores que deixaram a FAB, apenas um era da aviação de caça, enquanto os demais atuavam na aviação de transporte.
A debandada de militares da aeronáutica para o setor privado expõe a crescente disparidade entre os salários oferecidos pelas duas áreas, evidenciando a necessidade de revisão das políticas de remuneração na Força Aérea Brasileira para reter seus talentos.