NOSSO SHOW EM 1 MINUTO
COPA CIDADE DE MANAUS 2024

Restaurantes do AM considera 'injusta' medida que determina fechamento

Por Rodrigo sousa em 25/09/2020 às 15:04:59
Foto: Priscila Gama/Rede Amazônica

Foto: Priscila Gama/Rede Amazônica

A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel/AM) criticou o decreto do Governo do Amazonas que determinou o fechamento de bares e balneários em Manaus, em uma coletiva de imprensa na CDL Manaus, nesta quinta-feira (24). Segundo a categoria, a medida é "injusta" e uma reunião foi marcada com o governo para tentar reverter situação.

A decisão de fechamento de bares e balneários na cidade foi tomada pelo governo após um aumento nos números do novo coronavírus, que já passa de 134 mil casos, com mais de 3,9 mil mortes pela doença no estado, até esta quinta.

De acordo com o presidente da Abrasel/AM, Fábio Cunha, a medida é vista como injusta pois estabelecimentos cumpriam as medidas de prevenção ao novo coronavírus não podem ser penalizados por aglomerações em festas clandestinas e postos de combustíveis.

Cunha criticou a decisão do governo sobre o decreto pois, segundo ele, há estabelecimentos que cumprem as medidas de prevenção ao novo coronavírus impostas por órgãos de saúde e não deveriam ser penalizados. Conforme o presidente da Associação, as fiscalizações deveriam ser intensificadas em postos de combustíveis e festas clandestinas.

Com isso, a categoria não esperava o decreto com o fechamento dos estabelecimentos, mas uma flexibilização do horário de atendimento.

O presidente da associação disse ainda que, durante a reunião marcada para a sexta-feira (25), a categoria deve levar argumentos para o governo, para que o decreto seja alterado e as medidas de fechamento sejam flexibilizadas.

Após a coletiva de imprensa, os membros da Abrasel/AM se reuniram em uma assembleia geral para discutir os pontos e sugestões que devem ser levados para a reunião com o Governo do Amazonas, marcada para a próxima sexta-feira (25).

O decreto

O Governo do Amazonas decretou o fechamento de bares e balneários em Manaus, nesta quinta-feira (24). Os estabelecimentos haviam sido autorizados a reabrir em julho. A medida valerá por 30 dias a partir desta sexta (25).

As novas restrições, que ainda serão publicadas, proíbem o funcionamento de:

  • bares
  • balneários
  • casas de show
  • flutuantes (estabelecimentos que funcionam às margens do rio)

Em caso de descumprimento das determinações, o decreto estabelece advertência, multa diária de até R$ 50 mil - por cada reincidência - para pessoas jurídicas, embargo ou interdição de estabelecimentos.

Segundo a Vigilância Epidemiológica do estado, o Amazonas registrou tendência de aumento de casos de Covid-19 nas últimas semanas devido, principalmente, a aglomerações.

Em média, o Amazonas confirmou 9 novas mortes por dia na última semana – uma alta de 39% em duas semanas. Em 9 de setembro, a média era de 7 novas mortes confirmadas por dia.

Governo descarta segunda onda

O governo do estado informou, por meio de nota, que os dados apontam uma alta na média móvel de internações pela doença após meses de queda, mas descartou que o estado esteja vivendo uma segunda onda da doença.

A primeira onda ocorreu durante os meses de abril e maio, quando o sistema público de saúde entrou em colapso, com quase 100% de ocupação. A capital amazonense acabou sofrendo colapso, também, no sistema funerário e o número de mortes ficou 108% acima da média histórica.

Os dois hospitais abertos emergencialmente em Manaus para atender apenas casos de Covid-19 já foram fechados. No dia 23 de junho, a Prefeitura anunciou o fechamento do hospital de campanha e, no dia 16 de julho, o governo fechou o Hospital de Combate à Covid-19, Hospital Nilton Lins.

A Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) informou que o Hospital Delphina Aziz, que seria aberto para outras enfermidades, permanecerá sendo a unidade referência para o tratamento de Covid-19.


Fonte: G1

Comunicar erro
GOVERNO DO AMAZONAS

Comentários

ANUNCIE AQUI