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Políticos dizem que Brasil resistirá a turbulências institucionais: "A Democracia é um valor inegociável"

Por Portal Nosso Show/Redação em 30/03/2021 às 16:12:29
Classe política foi ao Twitter apontar a gravidade da demissão conjunta dos comandantes das Forças Armadas e defender a independência das instituições de Estado A saída conjunta dos comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica, que se seguiu à demissão do general Fernando Azevedo e Silva do cargo de ministro da Defesa, repercute entre a classe política. Diversas vozes levantam a preocupação com perigos à democracia e à independência das instituições de Estado, embora manifestem confiança na solidez dessas instituições.

O ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse que o presidente Jair Bolsonaro está cada vez mais parecido com os presidentes venezuelanos Hugo Chávez e Nicolás Maduro. "Logo mais começam a expropriar", escreveu. "Um autoritário sempre será autoritário."

O presidente do DEM, ACM Neto, afirmou que as mudanças inquietam o país e que as Forças Armadas devem estar a serviço do Estado e não de interesses particulares. "A Democracia é um valor inegociável", disse o político baiano.

Já o presidente do MDB, Baleia Rossi, lamentou a substituição dos comandantes em meio à pandemia e ressaltou que as Forças Armadas vinham cumprindo seu papel institucional, sem entrar em questões partidárias. "Qualquer medida que afronte o texto constitucional deve ser entendida como desrespeito ao povo brasileiro, e isso não pode ser tolerado em um Regime Democrático."

O governador de São Paulo, João Doria, reforçou que as Forças Armadas são instituições de Estado e não de governo, e manifestou solidariedade aos comandantes que deixam os cargos. "Eles demonstraram grandeza ao recusar qualquer subserviência a inclinações autoritárias. O País resistirá a qualquer ato que comprometa o Estado Democrático de Direito."

O ex-presidente do partido Novo João Amoêdo comentou ontem que Bolsonaro tenta cooptar as Forças Armadas e hoje culpou o Congresso pela situação atual, ao não apreciar pedidos de impeachment do presidente. "A falta de coragem e espírito público de parlamentares e partidos políticos custa milhares vidas e coloca em risco a democracia."

Em seu perfil oficial, o partido Novo dá eco a Amoêdo e cobra um posicionamento do Congresso. A legenda lembra que a renúncia coletiva dos três comandantes é inédita no país e diz que o momento é grave. "Bolsonaro não esconde sua intenção de influenciar politicamente as Forças Armadas e intimidar as demais instituições de Estado e os Poderes da República."

O vice-presidente do PDT e ex-presidenciável Ciro Gomes também sublinha o ineditismo da demissão conjunta e diz que a ação passa a mensagem de que os militares não vão aceitar que limites sejam ultrapassados. "É um primeiro grande sinal de que as Forças Armadas estão se desencantando com as loucuras que Bolsonaro tem praticado no Brasil."

O ex-candidato à prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos foi outro a aproveitar o assunto para defender o impeachment de Bolsonaro. "Comandantes das Forças Armadas renunciaram afirmando que não aceitarão aventuras golpistas. Temos um presidente genocida e golpista."

Apoiador de Bolsonaro, o presidente do PTB, Roberto Jefferson, disse que os comandantes das Forças Armadas não deveriam "bancar os isentões" e que eles "jogaram para a galera". "Dizem não fazer política. Fizeram o quê! A pior política. Contra o Chefe do Estado e Comandante Supremo das Forças Armadas, a quem eles devem respeito."

Fonte: Valor Econômico

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