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Nunca discuti nada com os filhos do presidente, diz Teich na CPI

Por Portal Nosso Show/Redação em 05/05/2021 às 12:55:20

Um dia antes, o também ex-ministro Luiz Henrique Mandetta tinha revelado que o vereador Carlos Bolsonaro participava diretamente das reuniões sobre o combate à pandemia Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, o ex-ministro da Saúde Nelson Teich disse nesta quarta-feira que nunca discutiu "nada" com os filhos do presidente Jair Bolsonaro. A pergunta foi motivada pela revelação feita no dia anterior, durante oitiva com Luiz Henrique Mandetta, de que o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) participava diretamente das reuniões sobre o combate à pandemia.

"Nunca discuti nada com os filhos do presidente", resumiu Teich. O ex-ministro admitiu que ele e Bolsonaro tinham posições diferentes sobre o uso de máscara e o distanciamento social. Apesar disso, Teich tem enfatizado em seu depoimento que o pedido de demissão foi motivado pelo desejo do Executivo de expandir o uso da cloroquina no país.

Na sessão, o ex-ministro foi questionado também se a indicação de Eduardo Pazuello como secretário-executivo do Ministério da Saúde, durante sua gestão, foi "imposta" pelo Palácio do Planalto. "Se Pazuello tivesse sido imposto, sairia com uma semana", rebateu o médico.

Jefferson Rudy/Agência Senado

Teich ainda foi provocado a comentar o colapso de oxigênio que atingiu Manaus, no Amazonas, no início do ano. Segundo ele, é importante ter informações confiáveis para traçar um plano e evitar esse tipo de escassez. "Informação melhor faria diferença em casos como o de Manaus", explicou.

O médico é o segundo ex-integrante do governo Bolsonaro a falar aos membros do colegiado. Teich teve uma passagem breve pelo Ministério da Saúde, entre abril e maio de 2020. O médico pediu demissão antes de completar um mês à frente da Pasta. Amanhã, será a vez do atual titular do cargo, Marcelo Queiroga, falar à CPI.

O ex-ministro deixou o governo em meio à pressão do presidente Jair Bolsonaro para que fosse alterado o protocolo sobre o uso da cloroquina, no combate inicial à covid-19. Na ocasião, ele se colocou contra esse entendimento ao argumentar que não há comprovação científica para o uso do medicamento. Na época, o médico também foi surpreendido com a decisão de Bolsonaro de liberar o funcionamento de academias, salões de beleza e barbeiros sem consultá-lo.

Fonte: Valor Econômico

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