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PF deflagra Operação Black Flag para reprimir R$ 2,5 bi em lavagem de dinheiro

Por Portal Nosso Show/Redação em 11/05/2021 às 09:39:49

Fraudes com pessoas físicas e jurídicas fictícias foram descobertas a partir de ações fiscais da Receita; entre as medidas cumpridas está o bloqueio de R$ 261 mi em contas e investimentos A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira a Operação Black Flag, para apurar crimes contra o Sistema Financeiro Nacional (SFN) e de lavagem de dinheiro na ordem de R$ 2,5 bilhões. É investigada uma organização criminosa que montou uma complexa rede com pessoas físicas e jurídicas fictícias, responsável por movimentações financeiras fraudulentas.

No total, 220 policiais federais e 50 servidores da Receita Federal participaram da operação, com buscas e prisões nos estados de Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal. São cumpridos 15 mandados de prisão e 70 mandados de busca e apreensão.

Entre as medidas cumpridas, está o bloqueio de contas e investimentos no valor de R$ 261 milhões, sequestro de bens imóveis e congelamento de transferências de bens móveis. Também foi determinado o afastamento de um policial federal do exercício do cargo.

A investigação iniciou-se há dois anos e contou com a atuação conjunta da Polícia Federal, Receita Federal e Ministério Público Federal. As fraudes foram descobertas a partir de ações fiscais da Receita, que detectou movimentações financeiras suspeitas.

Com a instauração do inquérito policial e o avanço das investigações, descobriu-se uma complexa rede de pessoas físicas e jurídicas fictícias que chegou a movimentar R$ 2,5 bilhões em operações financeiras. O objetivo dessas operações era propiciar aos integrantes da organização criminosa um alto padrão de vida, com a aquisição de veículos de luxo, imóveis, lanchas e patrocínio de esporte automobilístico.

Para proteger o patrimônio, foram criadas empresas que assumiram a propriedade dos bens e os blindaram de eventuais ações fiscais, cujos créditos já apurados pela Receita Federal ultrapassam R$ 150 milhões.

“A origem de recursos que iniciou um sistêmico processo de fraude é pública, já que a primeira empresa fictícia obteve um contrato com uma agência de fomento econômico estatal [Desenvolve SP] e outro com a Caixa Econômica Federal, no valor total de R$ 73 milhões na época do fato (2011), o que, em valores corrigidos, importa em aproximadamente R$ 100 milhões”, diz a PF.

Segundo a Receita, mais recentemente, o mentor da organização passou a atuar no ramo de energia solar e também se valeria de uma offshore para justificar a origem dos vultosos investimentos.

Os envolvidos responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de lavagem de dinheiro, crimes contra o sistema financeiro, crimes contra a ordem tributária, estelionato, falsidade ideológica e material e organização criminosa.

Agência Brasil

Fonte: Valor Econômico

Tags:   Valor
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