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Após protestos, Bolsonaro diz que reconhece a gravidade da pandemia

Por Portal Nosso Show/Redação em 31/05/2021 às 10:58:14

Diferentemente da maioria de suas manifestações, o presidente reconheceu a gravidade da pandemia e lamentou as mortes por covid-19 O presidente Jair Bolsonaro garantiu nesta segunda-feira, em recado a investidores, estar empenhado em reformas e projetos estruturantes para diminuir o “custo Brasil”, estimular liberdade econômica e dar segurança ao ambiente de negócios. Em discurso durante abertura do Fórum de Investimentos Brasil 2021, promovido pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), o presidente disse que a Economia brasileira “já retomou seu crescimento”.

Diferentemente da maioria de suas manifestações, ele reconheceu a gravidade da pandemia e lamentou as mortes por covid-19. A fala ocorre após os protestos realizados no último sábado, em que milhares se reuniram nas ruas pedindo pelo avanço da vacinação e o impeachment do presidente.

O presidente abriu o discurso ressaltando que o fórum deverá receber 60 projetos de investimentos, com um valor de carteira estimado em cerca de US$ 72 bilhões. A partir disso, espera-se que o país receba aproximadamente US$ 50 bilhões em investimentos e gere 22 mil empregos entre 2021 e 2022.

“Meu governo tem compromisso com reformas e projetos estruturantes para reduzir o ‘custo Brasil’. Trata-se de aperfeiçoar normas e políticas para melhorar o ambiente de negócios. Para isso, desenhamos soluções tributárias que asseguram a estabilidade macroeconômica em contexto de desafios orçamentários. Engajamos o setor privado, nacional e estrangeiro, na solução de nossos conhecidos gargalos logísticos e de infraestrutura”, destacou o presidente, em manifestação ao vivo, por videoconferência.

Como uma das dez maiores receptoras de investimentos estrangeiros diretos no mundo, Bolsonaro afirmou que a economia brasileira já “retomou o seu crescimento e geração de empregos”, e se comprometeu a buscar mais “abertura e liberdade econômica”, com acordos econômicos “amplos e modernos”.

“Por essa razão, entre outras, queremos nos tornar membros da OCDE. Defendemos um sistema multilateral de comércio sem protecionismo, fundamentado em regras. Por isso, buscamos fortalecer a OMC. Desejamos intensificar a interação econômica com nossa região, o que significa um Mercosul e uma América do Sul mais dinâmicos, livres e democráticos”, pontuou.

Bolsonaro: "A atual crise sanitária enseja preocupações"

Isac Nóbrega/PR/Arquivo

Ao projetar o futuro do desenvolvimento do país, o presidente citou a região Centro-Oeste, com potencial agropecuário, e o Norte, que, segundo ele, vive o paradoxo de possuir riquezas naturais e apresentar os piores índices de desenvolvimento do Brasil.

“Em ocasião mais recente, durante a última Cúpula do Clima, chamei a atenção para o ‘paradoxo amazônico’ em que o baixo desenvolvimento contrasta com a riqueza ambiental única no planeta. A adequada remuneração dos serviços ambientais prestados pela região amazônica, a concretização da bioeconomia e a exploração sustentável dos recursos florestais, minerais e agrícolas de forma inovadora são imperativos para superar esse paradoxo”, frisou.

Diferentemente da postura adotada em atos políticos, manifestações e no contato diário que tem com apoiadores, Bolsonaro reconheceu a gravidade da pandemia, exaltou esforços para vacinação e deixou de citar suas principais bandeiras ao tratar da doença, que envolvem críticas ao isolamento social e a defesa de medicamentos sem eficácia comprovada.

“A atual crise sanitária enseja preocupações, mas não tem o poder de comprometer o longo prazo de uma das maiores economias do mundo. O Brasil está, mais do que nunca, preparado para oferecer oportunidades únicas a investidores de todo o mundo por suas potencialidades, assim como por sua segurança jurídica e econômica, que busquei fortalecer durante meu Governo”, frisou.

Bolsonaro destacou que aproximadamente 20% dos brasileiros receberam a primeira dose da vacina e citou acordos firmados para compra de novos lotes de imunizantes.

“Ainda há riscos no curso da pandemia, mas temos feito e continuaremos a envidar nossos melhores esforços para mitigá-los”, finalizou.

Fonte: Valor Econômico

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