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Brasil faz contrapeso na redução da classe média causada pela pandemia na América Latina, diz Banco Mundial

Por Portal Nosso Show/Redação em 24/06/2021 às 15:28:57

Se o país não tivesse implementado suas medidas de mitigação, cerca de 20 milhões de pessoas teriam perdido a posição na classe social em 2020, segundo relatório da instituição Devido à pandemia do coronavírus, a classe média encolheu na maioria dos países latino-americanos e caribenhos e milhões de pessoas ficaram vulneráveis ​​ou na pobreza, revertendo décadas de progresso social na região, afirmou nesta quinta-feira o Banco Mundial.

Cerca de 4,7 milhões de latino-americanos deixaram de pertencer à classe média e caíram na classe social em 2020, mas o impacto seria ainda mais forte, com um total de 20 milhões de pessoas perdendo seu lugar na classe média, se o Brasil não tivesse implementado uma amplo programa temporário de proteção social que beneficiou milhões de brasileiros, de acordo com o relatório “A lenta ascensão e o súbito declínio da classe média na América Latina e no Caribe”, do Banco Mundial.

A situação é semelhante com a pobreza. Em toda a região, espera-se que a pobreza diminua marginalmente de 22% em 2019 para 21,8% em 2020, representando 400.000 pessoas menos pobres.

Se o Brasil não tivesse implementado suas medidas de mitigação, cerca de 28 milhões de pessoas teriam aderido à pobreza em 2020, segundo relatório apresentado em conferência virtual.

“O revés das conquistas sociais que custam tanto corre o risco de se tornarem permanentes, a menos que reformas enérgicas sejam realizadas”, disse Carlos Felipe Jaramillo, vice-presidente do Banco Mundial para a América Latina e Caribe. “A ajuda emergencial por meio de transferências de dinheiro que ajudaram a mitigar o impacto da pandemia não será sustentável por muito tempo”, disse o executivo, após advertir que os governos devem avançar com políticas firmes de recuperação que incentivem um crescimento mais sustentável e inclusivo.

A pandemia tornou a região um dos epicentros do mundo e a América Latina e o Caribe relataram mais de 30 milhões de casos de coronavírus e mais de 960.000 mortes até maio de 2021, de acordo com a Universidade Johns Hopkins. Entre os países mais afetados estão Brasil, Colômbia e Argentina.

O impacto econômico também foi devastador em toda a região, já que muitos países entraram na pandemia com baixo potencial de crescimento após anos de estagnação. A economia regional contraiu-se para os níveis históricos mais baixos em 2020, com queda de 7%, de acordo com informações do Fundo Monetário Internacional.

Para este ano, o crescimento do Produto Interno Bruto regional pode ser de 5,2%, segundo estimativas do Banco Mundial.

Leia mais: Banco Mundial prevê crescimento global de 5,6% em 2021; Brasil deve avançar 4,5%

A agência alertou no relatório que “é provável que a crise de 2020 reverta em pouco tempo muitas das conquistas sociais que levaram décadas para se materializar”.

Nas últimas duas décadas, por exemplo, o número de pessoas em situação de pobreza caiu quase pela metade e a classe média aumentou. A desigualdade de renda também caiu.

Em 2019, um grupo de cerca de 38% da população da América Latina, aproximadamente 230 milhões de pessoas, pertencia à classe média, mas o Banco Mundial estima que essa fatia tenha diminuído para 37,3% em 2020, ou seja, cerca de 4,7 milhões de pessoas a menos.

O programa de transferência implementado pelo Brasil beneficiou cerca de 67 milhões de pessoas e tirou milhões da pobreza.

O Banco Mundial observou, entretanto, que embora os programas de proteção social ajudassem a conter o impacto negativo no curto prazo, a pobreza poderia crescer novamente em 2021 se não houver uma recuperação acelerada e inclusiva.

Outro dos efeitos da pandemia apontados pelo banco é a persistência da desigualdade na região.

“Aqueles que estavam pior desde o início provavelmente serão os mais afetados, e isso agravará a desigualdade de renda em uma região já muito desigual”, disse Ximena Del Carpio, gerente da Prática de Pobreza e Equidade do Banco Mundial.

Fonte: Valor Econômico

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