Governador do Amazonas, Wilson Lima diz que irá priorizar concursos

O governador Wilson Lima (UB) anunciou nesta quinta-feira em entrevista ao podcast da coluna SIM&NÃO de A CRÍTICA que, no próximo mandato que inicia em 2023, vai priorizar a realização de concursos públicos nas áreas da segurança, educação, saúde e assistência social.

No caso dos concursos já realizados na área da segurança pública, Wilson Lima explicou que vai convocar os candidatos aprovados assim que tiver espaço fiscal necessário.

O governador salientou que não existe um cronograma para convocação dos candidatos, mas ele garante que todos os aprovados serão chamados no decorrer do ano de 2023. Lima fez questão de citar que em menos de quatro anos de gestão convocou cerca de 8 mil concursados.

"A gente não tem um cronograma, mas vou chamar o mais rápido possível. Nesses concursos que realizei agora a nossa meta é chamar todos no ano de 2023. Inclusive, o concurso da PGR será convocado no ano que vem. Não tenho uma data específica porque dependo muito de como vou fechar esse ano de 2023 porque tem limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal", registrou o governador.

Abono do Fundeb

Lima também prometeu que assim como no ano passado vai pagar neste ano abono com recursos do Fundeb. O governador adiantou que o abono será pago para todos os servidores da educação como foi realizado em 2021.

"Ainda não tenho valores porque a gente só consegue ter esse valor a partir do dia 15 de dezembro quando a gente começa efetivamente fechar o nosso orçamento", explicou.

O governador confirmou que o Amazonas teve uma queda na arrecadação neste ano por conta do teto fixado por lei federal na cobrança do ICMS nos combustíveis, mas ele também demonstrou otimismo com a exploração de novas matrizes econômicas, como é o caso do gás natural.

"Toda semana eu recebo um investidor diferente querendo prospectar negócios aqui no estado do Amazonas por conta do gás natural e agora também tem o potássio de Autazes. A gente tem uma expectativa de que comece a funcionar no ano que vem", diz o governador.

Wilson também aposta na regulamentação do mercado de carbono para arrecadar cerca de US$ 2 bilhões para a economia amazonense. Segundo ele, o estado tem um estoque de carbono que equivale a 809 milhões de toneladas referente ao período de 2006 a 2015.

Nesta quinta-feira, o governador assinou um decreto que pavimenta o caminho para estabelecer cotas para a alocação dos créditos de carbono disponíveis para comercialização. As primeiras transações devem ocorrer na Conferência do Clima das Nações Unidas.

O governador afirmou que ainda não fez nenhuma aproximação com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) porque ainda espera a sinalização do seu partido, o União Brasil para proceder na questão. Para o governador, a relação com o governo federal é importante para o Amazonas para manter as vantagens comparativas da Zona Franca de Manaus.

"Todos sabem que tenho um alinhamento com o presidente Bolsonaro, mas esse alinhamento político não me furta de conversar com quem quer que seja", declarou.