NOSSO SHOW EM 1 MINUTO
COPA CIDADE DE MANAUS 2024

Waisser Botelho vai ser ouvido pela JuĂ­za sobre o recebimento de R$ 600 mil no Amazonas

Por Portal Nosso Show em 17/12/2019 às 16:45:43

A juĂ­za Ana Paula Serizawa marcou para o dia 13 de fevereiro de 2020 o interrogatório do apresentador Waisser Botelho, que foi denunciado pelo Ministério PĂșblico Federal no Amazonas (MPF-AM) de receber R$ 600 mil em propina do médico Mouhamad Moustafa, no âmbito da operação Maus Caminhos. Na mesma data Mouhamad e Priscila Marcolino Coutinho também vão prestar depoimentos pela prĂĄtico de crime de trĂĄfico de influĂȘncia.

A definição da data dos interrogatórios foi publicada no DiĂĄrio Eletrônico do Tribunal Regional Federal da 1ÂȘ Região desta terça-feira (17). Na mesma decisão, a juĂ­za negou o pedido da defesa de Waisser Botelho de decretar o sigilo das investigações relacionadas ao seu nome.

DenĂșncia do MPF contra Waisser

A participação de Waisser Botelho no esquema de corrupção veio à tona com a deflagração da operação Custo PolĂ­tico, em dezembro de 2017, desdobramento da operação Maus Caminhos. Entre julho de 2013 a agosto de 2016, segundo o MPF, o apresentador recebeu de Mouhamad, em trinta e oito situações distintas, o valor de R$ 615.600,00, em parcelas mensais de R$ 16,2 mil. A quantia correspondia, aproximadamente, a 5% do valor mensal do contrato mantido pela empresa Total SaĂșde junto à Fundação de Medicina Tropical (FMT), de R$ 324.621,26.

As investigações do caso mostraram que Mouhamad não entregava a propina mensal diretamente a Waisser Botelho Barroso, mas delegava essa tarefa a empregados da empresa Salvare, que, inclusive, mencionam em seus depoimentos perante a PolĂ­cia Federal a entrega de valores, pessoalmente, ao denunciado.

Na denĂșncia, o MPF ressalta que Waisser Botelho é jornalista e apresentador de programa televisivo hĂĄ muitos anos, em Manaus, com grande trânsito polĂ­tico entre autoridades locais. As investigações mostraram que, por ocupar tal influĂȘncia, era peça estratégica para a organização criminosa liderada por Mouhamad, ao garantir tratamento privilegiado não apenas com um ex-governador, mas também de agentes pĂșblicos estaduais ligados à saĂșde e, assim, obter informações privilegiadas, contratações emergenciais e até mesmo vantagens ilĂ­citas em licitações e contratos.

Na ação penal, o MPF pede a condenação dos denunciados pela prĂĄtica de trĂĄfico de influĂȘncia, crime previsto no artigo 332 do Código Penal, com agravante de ter sido cometido de forma continuada, o que pode resultar em penas superiores a cinco anos de prisão. O MPF pede ainda a condenação do trio à reparação dos danos causados, com a devolução aos cofres pĂșblicos de R$ 615.600,00, corrigidos monetariamente até a data do efetivo pagamento.

Reposte : P / H

Comunicar erro
GOVERNO DO AMAZONAS

ComentĂĄrios

ANUNCIE AQUI