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MinistĂ©rio PĂșblico pede cassação de Moro por abuso de poder econômico

Por Will Oliveira em 15/12/2023 às 12:31:45
© Marcello Casal JrAgência Brasil

© Marcello Casal JrAgência Brasil

A Procuradoria Regional Eleitoral do ParanĂĄ (TRE-PR) pediu, na noite dessa quinta-feira (14), a cassação do mandato do senador Sergio Moro (União-PR) por abuso de poder econômico na pré-campanha de 2022. O órgão também pede que o ex-juiz seja declarado inelegível.

Moro responde a duas ações que são julgadas em conjunto no TRE-PR, uma aberta pelo PL e outra pela federação PT/PV/PCdoB. O partidos alegam que Moro fez gastos excessivos antes de oficializar sua candidatura ao Senado, quando ainda pretendia se candidatar à PresidĂȘncia da República, desequilibrando a disputa.

Em parecer de 79 pĂĄginas protocolado no fim da noite, os procuradores regionais eleitorais Marcelo Godoy e Eloisa Helena Machado escreveram que "a lisura e a legitimidade do pleito foram inegavelmente comprometidas pelo emprego excessivo de recursos financeiros no período que antecedeu o de campanha eleitoral".

As ações foram motivadas pelos gastos do senador quando era pré-candidato à PresidĂȘncia pelo partido Podemos. Segundo a acusação, enquanto tentava viabilizar a candidatura, Moro gastou com viagens, eventos e outras despesas mais de R$ 4 milhões.

Em seguida, pouco antes do prazo final, o senador mudou de partido, para o União Brasil, legenda pela qual saiu candidato ao Senado. O limite legal de gastos para o cargo, contudo, é consideravelmente menor, motivo pelo qual Moro teria desequilibrado o pleito a seu favor, argumentam as legendas adversĂĄrias.

A defesa do Senador diz haver "conotação política" nos processos e nega irregularidades, argumentando que gastos de pré-campanha à PresidĂȘncia não podem ser contabilizados na campanha para o Senado, uma vez que um cargo é de votação nacional e o outro somente no ParanĂĄ.

Segundo as alegações do Ministério Público Eleitoral, contudo, tal separação não pode ser feita, "pois a projeção nacional de uma figura pública desempenha papel crucial, mesmo em eleição em nível estadual, influenciando diversos aspectos do processo eleitoral".

Após as alegações das partes e do MPE, cabe agora ao relator, juiz Luciano Carrasco Flavinha de Souza, divulgar seu voto, condenando ou absolvendo Moro. A maior probabilidade é que o caso seja julgado somente no ano que vem, dada a proximidade do recesso judiciĂĄrio, que começa na próxima semana.

Edição: Graça Adjuto

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