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Bolsonaro pede desculpas ao STF e diz que vídeo com leão e hienas foi um 'erro'

Por Portal Nosso Show/Redação em 29/10/2019 às 15:54:43

No vídeo, o leão, identificado como Bolsonaro, é acuado por hienas com símbolos que representam instituições vistas como rivais. Por exemplo: partidos políticos (PT, PSDB, PDT, PSL), o Supremo Tribunal Federal (STF), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e veículos de imprensa.

Trecho do vídeo que mostra Bolsonaro sendo perseguido por hienas

Reprodução/Twitter

Em seguida, surge outro leão, descrito como "conservador patriota", que expulsa as hienas. Aparece a seguinte mensagem: "Vamos apoiar o nosso presidente até o fim!! E não atacá-lo! Já tem a oposição para fazer isso". Os leões se cumprimentam, e surge a imagem de Bolsonaro, uma bandeira do Brasil e a voz do presidente repetindo seu slogan: "Brasil acima de tudo. Deus acima de todos".

Após vídeo de Bolsonaro com crítica ao STF, ministro diz que 'atrevimento' parece não ter 'limites'

Postado na segunda-feira (28), o vídeo foi excluído das redes sociais de Bolsonaro, mas segue sendo compartilhado por outros perfis. Nesta terça, a hashtag #hienasdetoga é uma das mais comentadas no Twitter.

"Me desculpo publicamente ao STF, a quem por ventura ficou ofendido. Foi uma injustiça, sim, corrigimos e vamos publicar uma matéria que leva para esse lado das desculpas. Erramos e haverá retratação", disse o presidente.

O presidente afirmou ao jornal que orientou sua equipe a evitar este tipo de conteúdo. "O vídeo não é meu, esse vídeo apareceu, foi dada uma olhada e ninguém percebeu com atenção que tinham alguns símbolos que apareciam por frações de segundos. Depois, percebemos que estávamos sendo injustos, retiramos e falei que o foco [nas redes sociais] são as nossas viagens."

Bolsonaro foi questionado se o responsável pelo post foi seu filho Carlos Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro.

"Não se pode culpar o Carlos. A responsabilidade final é minha. O Carlos foi um dos grandes responsáveis pela minha eleição e é comum qualquer coisa errada em mídias sociais culpá-lo diretamente. A responsabilidade é minha, tem mais gente que tem a senha, e não sei por que passou despercebido essa matéria aí", afirmou o presidente.

Em algumas ocasiões, Carlos Bolsonaro admitiu ter acesso à conta do pai no Twitter. Neste mês, ele se desculpou por ter postado, na conta do presidente, que o governo apoiava a prisão após condenação em segunda instância, no dia em que o STF iria debater o assunto.

Vídeo postado por Bolsonaro mostra hienas identificadas com símbolos do feminismo e do Supremo Tribunal Federal (STF)

Reprodução/Twitter

Depois ter conversado com o "Estadão", Bolsonaro foi procurado por outros jornalistas no fim da manhã, ao deixar o encontro com o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohamad Bin Salman, en Riad, mas evitou falar. O presidente aproximou-se dos repórteres dizendo "não vou falar, não precisam me perguntar nada, vocês não vão me perguntar nada". E virou as costas ao ser questionado sobre o STF (veja no vídeo abaixo).

Bolsonaro evita comentar vídeo que compara STF a hiena

Repercussão negativa

A postagem rendeu duras críticas. Entre elas, uma do ministro Celso de Mello, o mais antigo do STF. "A ser verdadeira a postagem feita pelo senhor presidente da República em sua conta pessoal no 'Twitter', torna-se evidente que o atrevimento presidencial parece não encontrar limites na compostura que um chefe de Estado deve demonstrar no exercício de suas altas funções", diz nota assinada por Mello.

O ministro disse também que, ao apresentar o STF como um dos opositores de Bolsonaro, o vídeo revela "absoluta falta de estatura presidencial". Para Mello, a atitude é de quem desconhece o princípio da separação de poderes.

Procurada pelo G1, a CNBB falou que não vai se pronunciar.

Relação com o STF

Bolsonaro já criticou o Supremo. Em junho, ele disse que a decisão de tipificar a homofobia como racismo era "equivocada".

"A decisão do Supremo, com todo o respeito que tenho aos ministros, foi completamente equivocada. Além de estar legislando, está aprofundando a luta de classes cada vez mais. No meu entender, não poderia ter esse tipo de penalidade. A penalidade se você ofender uma pessoa, dar uma facada, dar um tiro só porque é gay, tem que ser agravada a pena dessa pessoa e ponto final", afirmou na época.

Fonte: G1

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